sábado, 28 de março de 2020

Nada é sobre o isolamento!

É estranho perceber quem somos e o que nos tornamos!
Ver quando os sonhos que criamos podem nos assustar. 
Trabalhamos a vida inteira para ter um lar. 
E após poucos dias dentro de casa, o lado de dentro não quer estar mais lá.
Adoece com o pânico.  
Revelamos o completo descontrole. 
Nos falta lucidez.
Descobrimos sermos dependentes uns dos outros.
E que o afeto digital, no final não supre quando a alma quer ser tocada.
Reclamamos demasiadamente. 
Agradecemos de boca para fora.
Porque de boca para dentro, os anseios se acumulam e anulam as certezas. Dentro, um coração teimoso que acredita que algo bom virá.
Que o exemplo bom no mundo pode ser você ou eu. Nós!

Se torne o abraço que você quer receber e talvez não saiba ser, ainda.
Não cale os sorrisos que serão a luz que você tanto precisa porque é na luz que vemos quem verdadeiramente nós somos nascemos para ser!

domingo, 13 de novembro de 2016

A esperança que chega no final!


Já sinto, mas não entendo ainda.
Os sinos tocam sentimentos inesperados dentro de nós.
As vésperas natalinas mudam nosso olhar sobre as coisas, sobre as pessoas e principalmente sobre nós mesmos.

De repente, um espirito de compaixão ao "próximo" nos invade.
De um próximo que durante o ano ansiava por um encontro,
uma conversa boba sobre como anda a vida.
Um café simples numa tarde insonsa.
Ficou para amanhã, para março. Depois eu vejo, eu remarco!
Com susto e culpa, nós chegamos ao fim do mais um ano.

Onde depositamos os nossos planos?
Aos poucos, nos tornarmos colecionadores de sonhos. E nos acostumamos!
Um monte deles deslizando dos nossos calendários.
Reprogramados. Reagendados.
Escapulindo dos nossos dedos.

Há esperança no final do túnel ou melhor, no final do ano.
Quando findam as forças e todo mundo já se foi...
Ou ainda não chegou!

Vejo o acender das luzes aquecer os nossos corações.
Trazendo esperança de renovar nosso pacote de promessas.
E reencontrar a fé na breve comunhão de uma noite.
Que seja uma noite longa e que dure a vida toda!

Que saibamos aproveitar a vida que Deus nos dá e não está embrulhada num papel de presente!

“O tempo é como um encantamento. 
A gente nunca tem o quanto imagina.”
Khaled Hossein

quarta-feira, 9 de março de 2016

Metade

Ando meio sumida, meio esquecida, meio distraída.
Tenho andado muito pelos meios.
Meio do caminho não me cabe.

Copo meio vazio. Meio cheio.
Saco cheio às vezes. Sem saco.
Não me permito ser metade.
Inteira sempre.
Prossigo.

Ando assim, e sei que a vida faz isto com a gente.
Só de pirraça,  ela vem e embaça o que já é duro para enxergar.
Míopes incorrigíveis nos recusamos a usar as lentes que Deus quer nos emprestar.
Não há como viver só de dias coloridos.
Preto e branco pode ser dolorido, mas é preciso suportar.

Pessoas inteiras são raras.
Há tantas que são só metade.
São partes.
À parte.
Ao Meio.

Pensar pode ser simples.
Sentir é algo mais complicado.
Completar metades.
Derramar-se quando cheio.
Esvaziar-se sem ficar vazio.


domingo, 10 de janeiro de 2016

Perdão nosso de cada dia.

As faltas que eu preciso perdoar!

A falta de pão.
A falta de semente.
A falta da divisão.
A falta de educação.

A falta de gentileza.
A falta de paciência.
A falta de humildade.
A falta de gratidão.

A falta de paz.
A falta de sentido.
A falta de atenção. 

A falta de humanidade.
A falta de cuidado.
A falta de afeto, de afago!

A falta de tempo, falta de temor.
A falta de espaço.
A falta de abrigo, a falta de lugar!

A falta da infância.
A falta da maturidade.
A falta de verdade.

A falta de muros.
A falta de pontes.
A falta de vontade de atravessar.

As faltas.
Aos excessos.

Ao perdão que eu ainda não sei perdoar!


sexta-feira, 1 de janeiro de 2016

Tudo se faz novo, de novo!

Bem, como tudo na vida é aparentemente uma questão de escolha, 
eu fiz uma escolha em especial para estes novos 365 dias! 
Ou melhor 366 dias.
Escolho viver, sentir e me permitir às novas experiências!
Abro mão das minhas predileções.
Não quero as mesmas cores, e cheiros e gostos.
Que os meus olhos aprendam novas direções.
Que meu coração seja tomado por novos pulsares.
Que mude o meu ar, minha respiração.
Quero apreciar tanto o sol, quanto minha querida lua.
Os dias quentes como eu amo os frios.
O céu claro e límpido como as delicias de um dia de chuva!
Quero o doce tanto quanto os salgados.
Quero arriscar o exótico, o apimentado. 
Talvez o amargo! Quem sabe.
Quero devorar livros, músicas, filmes, pessoas.
Rever propositalmente quem mora perto. 
Ligar numa tarde qualquer para quem mora longe.
Rir de qualquer coisa, de qualquer lembrança.
Desejo falar da mesma maneira que eu me sinto ao escrever.

Anseio que acima de tudo, neste ano, eu seja mais protagonista à telespectadora!
Que eu me arrisque, avance, encare ao que não seja mais confortável, fácil, óbvio.
Que eu duvide menos, acredite mais, ouse em qualquer circunstância.

Que eu seja menos do que esperam que eu seja e mais do que eu penso ser. 

Que a gratidão chegue primeiro ao meu coração do que o milagre que eu espero que aconteça.

Já que a ideia é de "Recomeço" que eu aprenda tudo de novo, de forma diferente.
Desejo celebrar os detalhes assim como quem percebeu a grandeza em todas as coisas.

Que o céu é um presente raro e caro é não acreditar nos sonhos! 

E finalmente, desejo que NOVO não seja apenas o recomeço, mas siga por toda o trajetória!

segunda-feira, 14 de dezembro de 2015

O silêncio é um alivio raro para uns e doença para outros!

Se eu me calo, guardo comigo todas as palavras, todos os sentidos que por dentro,
as vezes brigam comigo.
Não digo se quero, se eu volto, se gosto ou se eu fico ou vou junto!
Não preciso dizer o que me agrada, o que me decepciona.
Posso ver tudo e não mencionar uma única palavra.
Há os que anseiam por nossas opiniões, críticas, discussões.
O silêncio pode sufocar, destruir, acalmar, edificar. Pode nos salvar. Ou não.

As palavras tem poder, e a ausência delas também podem ser milagrosas!

Em Freud, temos uma ideia muito certa do poder de silenciarmos quando ele escreve: 
"O homem é dono do que cala, e escravo do que fala".

O silêncio possibilita a organização das ideias, o descanso para o corpo, o alívio da mente,

O silêncio torna tudo tão imenso e nos torna tão insignificantes.
Agiganta as angústias. Liberta. Desintoxica!
Nos é tão indispensável como arrebatador.
O silêncio é arma! É a ponte! É o alívio da alma!



"Há um silêncio dentro de mim.
E esse silêncio tem sido
a fonte
de minhas palavras."
Clarice Lispector

domingo, 15 de novembro de 2015

Um bom plano.

Deus tinha um bom plano quando fez o homem!
Deus esboçou as pessoas e as pessoas hoje esboçam sobre o que é Deus.
A maioria tem um ideia do que é Deus, mas e sobre as pessoas?
O que são as pessoas?

Por que Deus investiu tanto nesse ser que é o homem?
Sabemos que somos um Ser. 
Um "ser" cheio das suas próprias tragédias, das ausências, da busca insaciável por algo que nem sabe ao certo o que é! Complexo.

Que Ser é este tão difícil de ser? De conviver? E de aceitar?

O que difere uma pessoa de uma coisa? De uma máquina? De um animal?
Temos vida!
Temos alma, emoções, inteligência, corpo. 
Temos uns aos outros e temos Deus.

E tentamos tanto ser Deus sendo tão simples ser "gente".
Que aprende a cuidar de si e das pessoas ao redor. 
Com o coração derramando gratidão por ser mordomo das coisas de Deus.
Imperfeito, mas corajoso para melhorar a cada dia e a cada oportunidade.
Que cai e se levanta mais forte!
E vê nas circunstâncias da vida que viver é prosseguir. 
É rir dos tropeços. 
Buscar recomeços!


Completude é utopia!